Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 2 de 2
Filter
Add filters








Year range
1.
Distúrb. comun ; 21(2): 169-178, ago. 2009. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1417562

ABSTRACT

A definição majoritária que permeia os estudos organicistas a respeito da dislexia tem originado diagnósticos de distúrbios de linguagem em sujeitos em processo de apropriação da escrita. Assim, o rótulo pré-estabelecido na escola, geralmente, é confirmado na clínica por profissionais que desconsideram a linguagem sob a perspectiva dialógica, interativa e constitutiva do sujeito. Objetivo: O objetivo desta investigação é analisar 36 cartas produzidas por crianças consideradas portadoras de distúrbios na escrita, tomando por fundamento o conceito de referenciação, especificamente, de coesão textual. Método: Os dados foram produzidos em um grupo terapêutico fonoaudiológico, constituído por nove sujeitos diagnosticados como portadores de distúrbios de leitura e escrita, uma terapeuta e duas co-terapeutas. O grupo desenvolveu atividades de escrita a partir de diferentes gêneros textuais, dentre os quais destacamse a produção de cartas. Os encontros terapêuticos eram realizados semanalmente, com duas horas de duração cada e a concepção norteadora de todo esse trabalho foi fundamentada em uma perspectiva constitutiva de linguagem. Resultado: Nas 36 produções escritas analisadas, foram encontradas 406 estratégias de referenciação. Dentre estas: 318 (78,32%) identificadas por anáforas pronominais; 63 (15,52%) identificadas por anáforas nominais; 17 (4,18%) na forma de sequencializadores e 8 (1,97%) anáforas por sinonímia ou paráfrase. Conclusão: A análise nos leva a entender que os participantes da pesquisa não são portadores de distúrbios ou déficits na escrita, tendo em vista que são capazes de se colocar como sujeitos na construção de seus textos, produzindo-os com coerência e com elementos de progressão referencial, evidenciando suas ações na e sobre a linguagem.


Most of the studies on dyslexia understand it as having organic causes. This leads to the assumption that individuals in the reading and writing appropriation process have reading and writing disorders. In this way, professionals that do not consider language in a dialogic, interactive and constitutive perspective will later confirm the label established at school. Aim: The aim of this study is to analyze 36 letters that were produced by children diagnosed as having reading and writing disorders. It is based on the referential concept, textual cohesion specifically. Method: The data was produced within the framework of a speech language therapy group, composed by 9 individuals that were diagnosed as having reading and writing disorders, a therapist and two co-therapists. The group developed their work based on letters. The meetings took place weekly during two-hour sessions. In this study, language is viewed according to a social-historic perspective. Results: From the 36 writing productions that were analyzed we found 406 referential strategies, 318 (78,32%) were identified as pronominal anaphoric strategies; 63 (15,52%) as nominal anaphoric strategies; 17 (4,18%) were sequences and 8 (1,97%) as synonymous anaphoric strategies. Conclusion: The analysis demonstrates that these children do not have reading and writing disorders, instead they were capable of constructing their texts with coherence and cohesion elements, showing their actions in language.


La definición que impregna la mayoria de los estudios organicistas sobre la dislexia es la que origina los diagnósticos de los distúrbios del lenguage en el proceso de apropiación de la escritura. Así, el rótulo pré-establecido en la escuela por lo general se ve confirmado por los profesionales que desconsideran el lenguage desde la perspectiva dialógica, interactiva y constitutiva del sujeto. Objetivo: El objetivo de esta investigación es analizar 36 cartas producidas por niños considerados como portadores de transtornos en la escritura, basada por el concepto de referencia, específicamente, de la cohesión textual. Método: Los datos fueron producidos en un grupo terapéutico fonoaudiológico, constutído por nueve sujetos diagnosticados como portadores de trastornos de la lectura y la escritura, un terapeuta y dos co-terapeutas. El grupo ha desarrollado actividades de escritura a partir de distintos géneros, entre los que se destaca la producción de cartas. Se llevó a cabo reuniones terapêuticas semanales con dos horas de duración cada uno y la concepción que orientó todo ese trabajo se basa en una visión constitutiva del lenguaje. Resultados: En 36 producciones escritas analizadas, se han encontrado 406 estrategias de referencias. Entre esas: 318 (78,32%) identificados como anáforas pronominales; 63 (15,52%) identificados anáforas nominales; 17 (4,18%) como sequencializadores y 8 (1,97%) anáfora por sinonimia o paráfrasis. Conclusión: El análisis nos lleva a entender que los participantes de la investigación no son las personas con trastornos o déficit de la escritura, dado que son capaces de plantearse como sujetos en la construcción de sus textos, produciendolos con coherencia y con elementos de progresión de referencia, lo que demuestra sus acciones sobre y en el lenguaje.


Subject(s)
Humans , Child , Adolescent , Dyslexia/diagnosis , Handwriting , Correspondence as Topic , Language Development
2.
Distúrb. comun ; 20(3): 327-338, dez. 2008.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-532788

ABSTRACT

Este artigo, pautado em uma concepção que toma a linguagem como trabalho social e histórico, capaz de incorporar o sujeito e suas estratégias de apropriação, utilização e interpretação da escrita, objetiva investigar o que a literatura envolvida com avaliação/diagnóstico da dislexia escolar classifica como manifestações disléxicas. A investigação crítica mostra que tais manifestações não revelam um distúrbio, mas a concretização do processo de apropriação da escrita. Nessa direção, analisa dois casos de crianças rotuladas como disléxicas ou portadorass de distúrbios/dificuldades de aprendizagem. Tal análise evidencia o fato de tais crianças lançarem mão de diferentes estratégias textuais e reflexões sobre o sistema ortográfico, demonstrando suas capacidades de produzir textos com progressão referencial e tópica. Portanto, os sintomas que seriam indícios de dislexia mostram-se irrelevantes e, pelos critérios lingüísticos considerados, é possível afirmar que tais sujeitos não podem ser considerados disléxicos ou portadores de distúrbios relacionados à escrita.


Subject(s)
Humans , Male , Child , Dyslexia , Handwriting , Language , Verbal Learning , Case Reports
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL